CRÍTICA | A Pequena Sereia

Direção: Ron Clements e John Musker
Roteiro: Ron Clements e John Musker
Elenco: Jodi Benson, Pat Carroll, Kenneth Mars, entre outros
Origem: EUA 
Ano: 1989

Nunca me considerei uma grande fã da Disney, mas ao navegar pelo catálogo de filmes do Disney+, fui tomada por um sentimento de nostalgia surpreendente. Fui inundada por memórias afetivas que nem lembrava que tinha. Lembranças que pareciam sonhos distantes, impressões que envolviam essas histórias tão simbólicas e marcantes no meu crescimento. Uma música, um diálogo, um gesto de um personagem.

A Pequena Sereia (The Little Mermaid), animação escrita e dirigida por Ron Clements (A Princesa e o Sapo) e John Musker (Moana: Um Mar de Aventuras), sempre foi um das minhas favoritas e revê-la foi, de fato, um mergulho muito bem-vindo num lugar saudoso e bonito do meu passado.

A jovem Ariel (Jodi Benson) é superprotegida pelo pai - e também rei dos mares - Tritão (Kenneth Mars), enquanto alimenta um fascínio pelo mundo humano. Ela está sempre com seu amigo peixe Linguado (Jason Marin) e o caranguejo Sebastião (Samuel E. Wright), encarregado pelo rei de tomar conta da menina.

Um dia, a sereia salva o charmoso príncipe Eric (Christopher Daniel Barnes) de um acidente em seu navio e se apaixona por ele, tornando-se ainda mais encantada com aquele universo. Por isso, acaba fazendo um pacto com a vilã Úrsula (Pat Carroll), lhe dando sua voz em troca de pernas. No entanto, se em três dias Eric não se apaixonar pela princesa, ela será prisioneira da bruxa do mar para sempre.

Walt Disney Pictures

O mais curioso em reassistir essas obras depois de tantos anos é observar as sensações advindas das imagens e sons. A última vez que assisti A Pequena Sereia, tinha medo da bruxa Úrsula e suas duas moreias malvadas, então, por mais que hoje eu não tenha motivos para esse receio, o sentimento ainda existe, mesmo que resumido em apenas um pressentimento. Nossas memórias são carregadas de “intuições”. É impossível não sorrir e cantar junto ao ouvir “Aqui no Mar” e “Beije a Moça”, por exemplo, ambas, inclusive, cantadas pelo carismático Sebastião.

É óbvio que, se pararmos para problematizar, a trama é um tanto “passada” para os dias de hoje, visto que Ariel tem apenas dezesseis anos e troca sua voz, família, lar e amigos para se adequar ao mundo de um príncipe encantado. Mas não vamos entrar nesse mérito, não é preciso dizer o óbvio aqui.

A Pequena Sereia foi um marco da animação, tanto por suas qualidades técnicas, história e por alavancar os estúdios Disney após alguns fracassos. Além disso, sua mensagem principal ainda é válida de ser levada adiante: o amor vence tudo (e Ariel não deveria ter confiado em estranhos).

Excelente

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