Top 10 | Melhores Filmes de 2017


Olá cinéfilos! Como já é de costume desde 2012 (clique AQUI para conferir os tops dos anos anteriores), listarei aqueles que, na minha opinião, foram os melhores filmes de 2017. Foram considerados todos os longa-metragens lançados comercialmente no Brasil neste ano, portanto, vocês notarão que haverá um ou outro filme de 2016 na lista, visto que seu lançamento em nosso país aconteceu apenas no ano seguinte. Consequentemente, filmes de 2017 que não estrearam nos cinemas, em locadoras ou via streaming não foram considerados (traduzindo, filmes baixados antes do tempo não vale).

Falarei brevemente sobre cada obra citada. Claro que nenhuma lista é definitiva e, infelizmente, não consegui assistir todas as obras lançadas no ano que passou, portanto alguns bons filmes podem ter ficado de fora, simplesmente por não ter tido a oportunidade de assisti-los. Também é obvio que minha opinião pode divergir da sua e, por isso, a aba de comentários está aberta para que vocês possam listar seus favoritos. Fica a menção apenas de que esses 10 filmes merecem ser vistos. Dica dada, vamos lá?

Ah... vale lembrar que os colaboradores do Cinéfilo em Série também elegeram seus 10 filmes de 2017, confiram AQUI.


10. A Qualquer Custo (Hell or High Water, 2016)


A Qualquer Custo é um western contemporâneo da melhor qualidade. O tipo de filme que te prende pela narrativa e não solta até o desfecho. Discute temas interessantes como a crise financeira instalada na sociedade norte-americana, bem como a falsa promessa do "american dream", que parece simplesmente inexistente em regiões mais "humildes", por assim dizer, do país.

A obra traz ainda atuações memoráveis de Jeff Bridges (Kingsman: O Círculo Dourado) e Ben Foster (Inferno), ainda que seja Chris Pine (Mulher-Maravilha) quem carrega a obra nos ombros, um ator que evolui a cada filme que protagoniza.


9. Fragmentado (Split, 2016)


Bem-vindo de volta M. Night Shyamalan (A Vila). Após um inicio de carreira avassalador, o diretor vinha derrapando em seus últimos projetos, mas parece aqui ter finalmente se reencontrado. Fragmentado é um suspense muito bem executado com uma atuação antológica de James McAvoy (Atômica). Dizer mais que isso é dar spoiler e, acredite, você vai querer ser surpreendido por esse filme.

O final é espetacular, daqueles que ficam marcados na história do cinema, mas aposto que muitos espectadores não entenderão. É preciso ter um referencial, digamos assim. Mas se você o tiver, certamente vai pirar.


8. Mãe! (Mother!, 2017)


Assisti uma entrevista com Jennifer Lawrence (O Lado Bom da Vida) falando sobre Mãe!, antes de assistir ao filme, onde ela citou uma frase (que não direi aqui) em tom de brincadeira, mas que foi o suficiente para que a principal metáfora do longa ficasse evidente para mim, logo em seu primeiro ato. Se você ainda não assistiu o novo longa de Daren Aronofsky (Fonte da Vida), fuja dos spoilers. Sacar a principal metáfora da obra nos primeiros 30 minutos não a diminui, mas a deixa evidente, perdendo boa parte do impacto de quem assiste.

Dito isso, trata-se de um filme instigante, perturbador e bastante controverso. Aposto que haverá quem ame e odeie. Eu gostei bastante, ainda que não seja o melhor trabalho do diretor. E sobre a indicação ao Framboesa de Ouro, apenas ignorem essa bobagem.

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7. Blade Runner 2049 (idem, 2017)


Blade Runner 2049 é uma evolução de seu predecessor em todos os sentidos, uma expansão de universo que, se não era necessária, agora passa a ser indispensável. É uma ficção científica como poucas, do tipo que não é produzida mais em tempos atuais. Não fosse a necessidade de auto-referenciar o filme original, especialmente em seu terceiro ato, seria a segunda obra-prima seguida de Denis Villeneuve (A Chegada), um cineasta que encontra-se em seu auge criativo, dirigindo um grande filme após o outro. Mal posso esperar pelo seu próximo projeto.

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6. It: A Coisa (It, 2017)


Fazia tempo que não via uma obra que reunisse tantas qualidades dos filmes dos anos 80. Talvez em Stranger Things, que por sua vez, homenageia obras como Conta Comigo ou a própria IT, ambas do mestre Stephen King.

Aqui temos personagens bem aprofundados e carismáticos, o espírito de amizade e aventura que encanta qualquer um, a luta contra nossos medos e traumas, e claro, o palhaço Pennywise, mais assustador do que nunca. Basicamente um filme legitimamente dos anos 80 filmado em tempos atuais, sem se preocupar com o politicamente correto, por exemplo. Limita-se exclusivamente a contar uma grande história, e o faz com maestria.

O fato é que já quero assisti-lo novamente, enquanto aguardo ansioso o Capítulo 2.

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5. Star Wars: Os Últimos Jedi (Star Wars: The Last Jedi, 2017)


Após o Episódio VII eu temia que Star Wars ficasse se prendendo eternamente as histórias que já haviam sido contadas anteriormente, sem criar um novo rumo, que seguisse seu próprio caminho. Felizmente, Os Últimos Jedi sai da zona de conforto e surpreende o espectador, sem esquecer de reverenciar a saga de forma tocante, sempre que pode.

Há pelo menos 5 cenas para fazer qualquer fã se emocionar, ou mesmo vibrar na sala de cinema. Gosto também do carinho com o qual os personagens clássicos são desenvolvidos, ganhando novas e interessantes facetas, mas confesso que me decepcionei um pouco com os arcos dos mais novos. Exceto Poe Dameron, que ganha destaque merecido, particularmente não sei se gostei dos arcos narrativos de Rey, Finn e Kylo. Apesar disso, o Episódio VIII acerta em muita coisa, e no fim ainda é Star Wars da melhor qualidade. E viva a Aliança Rebelde!

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4. A Tartaruga Vermelha (La Tortue Rouge, 2016)


A Tartaruga Vermelha é uma obra franco-belga, co-produzida pelo Studio Ghibli. Uma das mais belas animações que já tive o prazer de assistir, pois cada frame poderia ser facilmente enquadrado e exposto em alguma galeria de arte. Além disso, a falta de diálogos e o tom de fábula confere um clima todo especial ao filme, que nos passa uma mensagem profunda sobre o que realmente importa na vida. Mais uma pequena obra-prima que o mundo das animações entrega ao seu público apaixonado.


3. O Filme da Minha Vida (idem, 2017)


Que Selton Mello (Soundtrack) é um ótimo ator muita gente sabe, mas poucos têm ciência de que ele é também um excepcional diretor e, principalmente, um apaixonado por cinema. Em O Filme da Minha Vida, seu 3º longa na função, Selton presenteia todos os espectadores desinformados que acham que cinema brasileiro só retrata violência, sexo e comédias infames. Um filme tocante, belo, quase onírico, ambientado no sul do país, na década de 50. É notório o cuidado e o carinho com o projeto, desde a fotografia dessaturada (mas calorosa), até os belos ângulos de câmera e rimas visuais estabelecidas no roteiro. A direção substituiu a falta de orçamento (algo comum no nosso cinema) com criatividade e bom gosto.

O elenco também é de primeira, desde Vincent Cassel (Cisne Negro) até o jovem protagonista, Johnny Massaro (A Frente Fria Que a Chuva Traz), uma revelação a ficarmos atentos, tamanha a facilidade do ator em expressar sentimentos com um olhar. Olhares esses que são valorizados pela direção de Selton, que faz closes belíssimos nos rostos dos personagens em diversos momentos do filme, como se entrássemos em seus pensamentos.

Um filme apaixonante, de quem ama cinema para quem ama cinema.

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2. Manchester à Beira-Mar (Manchester by the Sea, 2016)


Se você é daqueles que aprecia um drama "bad vibe", Manchester à Beira-Mar é uma excelente pedida. E digo isso no melhor sentido possível. Aquele tipo de obra que depende unicamente de um bom roteiro e grandes atuações, e nesse ponto, não há o que se pontuar negativamente. O Oscar de melhor ator de Casey Affleck (A Ghost Story) foi muito merecido, apesar de suas babaquices por trás das câmeras. Uma interpretação difícil, angustiante, certamente o papel de sua carreira até aqui. Vale citar também a excepcional Michelle Williams (O Rei do Show), que aparece em 3 ou 4 cenas no filme todo, capturando o espectador em todas elas. É cinema de grande qualidade.


1. La La Land: Cantando Estações (La La Land, 2016)


De tempos em tempos surgem obras que renovam nossa paixão pelo cinema. Eu coloco La La Land nesse patamar. Trata-se de um musical não convencional, que reverencia o clássico de maneira apaixonante e abraça o novo com maestria. Mais que isso, tem bom humor para brincar com sua linguagem e o carisma inesgotável de seu casal de protagonistas, Emma Stone (A Guerra dos Sexos) e Ryan Gosling (Blade Runner 2049). A fotografia é belíssima, o perfeito exemplo de um grande trabalho de iluminação, quadro a quadro, e a trilha sonora encanta e empolga quando necessário. É inacreditável que esse seja apenas o segundo longa de Damien Chazelle (Whiplash: Em Busca da Perfeição), cineasta de apenas 32 anos. Uma obra sobre sonhos para sonhadores.

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