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Eduardo Fernandes
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Bill Murray (Três é Demais), Jeff Goldblum (O Grande Hotel Budapeste) e Seu Jorge (Cidade de Deus) cantando David Bowie em português. Desde o "Norvana", faltava ao mundo um grupo como esse, capaz de unir todas as tribos. A Vida Marinha com Steve Zissou (The Life Aquatic with Steve Zissou) não só é um dos melhores filmes de Wes Anderson (O Fantástico Sr. Raposo), como também recruta a nata de sua tripulação particular de atores e peculiaridades.
É na expedição marinha que o diretor consegue espaço pra enraizar suas ideias. Dos tiroteios cegos às passagens pelos cardumes fluorescentes. O ar caricato e exagerado, tão presente em sua carreira, encaixa como uma luva para narrativa, ou melhor, como um belo gorro vermelho.
Tão certeiro é o encaixe que, ao acompanhar a carreira de Steve Zissou (Bill Murray), vemos em seus filmes o mesmo ar teatral de Anderson, dotado dos mesmos exageros visuais.
E é na tentativa de provar que ainda é um cineasta de respeito, que acompanhamos uma das (talvez última) expedições da tripulação de Zissou. A busca pelo tubarão-jaguar é, ao mesmo tempo, uma carta para comprovar sua credibilidade e um afago no coração ao ter a possibilidade de vingar seu amigo que fora morto pela criatura.
Tão certeiro é o encaixe que, ao acompanhar a carreira de Steve Zissou (Bill Murray), vemos em seus filmes o mesmo ar teatral de Anderson, dotado dos mesmos exageros visuais.
E é na tentativa de provar que ainda é um cineasta de respeito, que acompanhamos uma das (talvez última) expedições da tripulação de Zissou. A busca pelo tubarão-jaguar é, ao mesmo tempo, uma carta para comprovar sua credibilidade e um afago no coração ao ter a possibilidade de vingar seu amigo que fora morto pela criatura.
Foto: Touchstone Pictures |
Não bastasse a dificuldade da empreitada, a jornada ganha tons ainda mais complicados e faz com que o filme ganhe diversas subtramas, que caminham em conjunto. Seja o aparecimento do (possível) filho vivido por Owen Wilson (Pura Adrenalina), a companhia de uma estranha jornalista vivida por Cate Blanchett (Blue Jasmine), ou ainda a ausência sentida da esposa interpretada por Anjelica Huston (Os Excêntricos Tenenbaums), que além de maior apoiadora moral, era também a financiadora dos projetos. Mas nada que pese à trama ou dê ares dramáticos.
Tal qual as filmagens da tripulação, o longa-metragem nunca perde seu caráter aventureiro e, em nenhum momento, se leva a sério. Talvez, somente dessa forma, conseguimos aceitar com muito mais naturalidade as trocas de tiro coreografadas, as serenatas do Seu Jorge ou os animais em stop motion.
Escrito pelo próprio Anderson em parceria com Noah Baumbach (História de um Casamento), A Vida Marinha com Steve Zissou é um deleite nonsense. Em meio a tantas obras que desejam inventar a roda da sétima arte, é bom ver um diretor tão convicto de sua assinatura e intenções como aqui.
Ótimo |
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Eduardo é jornalista e Steve Zissou é um Michael Scott do mar.
A Vida Marinha com Steve Zissou
Bill Murray
Cate Blanchett
Críticas
Eduardo Fernandes
Filmografia Wes
Jeff Goldblum
Owen Wilson
Seu Jorge
The Life Aquatic with Steve Zissou
Wes Anderson
Willem Dafoe
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