CRÍTICA | Contatos Imediatos do Terceiro Grau

Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Steven Spielberg
Elenco: Richard Dreyfuss, François Truffaut, Teri Garr, entre outros
Origem: EUA
Ano: 1977


Contatos Imediatos do Terceiro Grau (Close Encounters of the Third Kind) acontece em uma cidade do interior dos Estados Unidos, onde ocorrem relatos sobre acontecimentos estranhos durante à noite. Algumas pessoas puderam ter um rápido contato direto com essa presença misteriosa e, com o passar do tempo, surgem informações do mesmo fenômeno em outros locais do mundo, assim como uma obsessão pelo assunto. Então, cientistas iniciam pesquisas, estudos e tentativas de formas de comunicação para que essas forças alienígenas possam dizer a que vieram.

Roy Neary (Richard Dreyfuss) recebe a ligação de um amigo, na primeira noite do acontecimento, pedindo para que o encontre. No caminho ele acaba se perdendo, entrando em contato indiretamente com OVNIs. Próximo dali, Jillian Guiler (Melinda Dillon) acorda e percebe que está acontecendo algo estranho, pois seu filho não está em seu quarto. Além disso, todos os aparelhos eletrônicos estão ligados simultaneamente em sua residência. Ambos os personagens passam a se questionar sobre o que presenciaram e buscam respostas a respeito.

Dirigido por Steven Spielberg (Tubarão), o longa-metragem marca a primeira produção do diretor sobre a temática extraterrestre, já que futuramente dirigiria obras como E.T.: O Extraterrestre (1982), com uma narrativa, com uma narrativa mais amigável e emocional; ou mesmo Guerra dos Mundos (2005), onde vislumbramos um ataque alienígena propriamente dito, num longa mais voltado para a ação. Ambos completamente diferente do que vemos em Contatos Imediatos do Terceiro Grau, lançado em 1977.

Foto: Sony Pictures

Para os aficionados por ufologia, o filme é um prato cheio, pois reúne diferentes características que somos apresentados durante a nossa vida. Alguns estereótipos estão presentes também, como o formato das naves espaciais, as luzes brilhantes que as cercam, os apagões que trazem ao chegar próximo às cidades, o modo como aparelhos eletrônicos entram em curto circuito e objetos metálicos facilmente atraídos por eles.

O roteiro - escrito por Spielberg, algo não habitual em sua filmografia - pode trazer certa confusão a principio, visto que a história é contada por diferentes pontos de vista. Do cientista ao simples cidadão, simultaneamente. No entanto, esse “vai e vem” para de ocorrer com o avançar da trama e os fatos tornam-se cronológicos com o mesmo direcionamento, juntando todas as pontas necessárias para o entendimento do público.

Atemporal, o longa-metragem faz parte da cultura pop, sendo referenciado em diversas outras produções. A cena em que os cientistas tentam manter contato com os seres extraterrestres através da música, por exemplo, foi parodiada em animações como Monstros vs. Alienígenas (2009), da DreamWorks Animation. Já em A Chegada (2016), vemos a Dra. Louise Banks (Amy Adams) segurar uma placa tentando uma breve comunicação com os alienígenas, uma cena reconhecida pela construção da tensão.

Vale mencionar ainda a brilhante trilha sonora composta por John Williams (Jurassic Park: Parque dos Dinossauros), que transforma em música a visão única de Spielberg. A dupla, aliás, acabaria se tornando uma das parcerias mais reconhecidas da indústria cinematográfica, com diversas obras marcantes entregues ao público.

Foto: Sony Pictures

Por fim, Contatos Imediatos do Terceiro Grau vale ser visto por proporcionar diferentes emoções ao público, valorizando sempre o suspense e o medo do desconhecido. O tipo de obra em que ficamos completamente imersos do início ao fim, curiosos para saber se aquilo tudo está realmente acontecendo, assim como os personagens que vemos em tela. O tipo de coisa que Spielberg faz com extrema competência.

Ótimo

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