Game of Thrones - S03E10 - Mhysa


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E chegamos ao fim de mais uma temporada de Game of Thrones com mais um belo episódio (ainda que não tenha sido perfeito), digno do que o seriado costuma entregar aos fãs. Após o bombástico final do S03E09, era quase óbvio que a série não conseguiria atingir o mesmo impacto em seu Season Finale (até porque ainda não chegaram ao fim do livro 3) mas, ao invés disso, soube conduzir a trama de forma primorosa e cuidadosa, especialmente no que diz respeito a transição de um personagem para o outro, onde o diálogo final sempre dava a deixa para a cena seguinte.

Arya

Pobre garota, a jovem Stark. Não bastou ter presenciado a morte de seu pai e quase  ter presenciado a de sua mãe e irmão, precisava ainda ver o corpo do Rei do Norte marchando sobre o cavalo, com a cabeça de seu lobo gigante cravada no lugar da original. Ver os olhos de Arya enchendo de lágrimas, além da marcha fúnebre em si, serviu como um soco final do que foi o Casamento Vermelho. Tudo isso, porém, não serviu pra tirar a coragem da garota, que fez questão de se vingar matando um soldado das Gêmeas pela estrada a fora. Claro que ela tem cultivado um sentimento de vingança muito forte, o que pode levá-la a ruína no futuro, mas tem sido interessante ver a relação de proteção do Cão de Caça para com ela. Ele já havia assumido uma postura protetora, de certa forma, com Sansa. E agora o faz com Arya.

Sansa

Foi reconfortante ver que Sansa vive momentos melhores. Aparentemente conformada com seu casamento com Tyrion, a jovem encontra nas conversas grande afinidade com o mesmo, deixando-se levar por um momento de nostalgia e empolgação, ao falar das travessuras que Arya aprontava com ela. Um misto de saudade e esperança, ao menos no meu modo de ver, de voltar a ver sua irmã um dia. O diálogo ainda serviu para mostrar o quanto a jovem ainda é, de fato, uma "criança" ao apostar em travessuras como meio de vingança. Mas como a alegria dura pouco em GoT, Sansa volta a derramar lágrimas ao saber da morte de seus familiares.


Theon

E finalmente consegui entender o porque de tudo aquilo estar acontecendo com Theon Greyjoy. Ramsay Snow é mesmo um sádico. Toda a cena do bastardo Bolton com a salsicha de porco e humilhando Greyjoy foi muito boa mas, como disse antes, mesmo sabendo do arrependimento do traidor, não consigo sentir pena do mesmo (o Norte não esquece). Interessante conhecer toda a trama "política" que envolveu sua captura, o que também abriu portas para a próxima temporada, que promete uma grande missão de resgate por parte de sua irmã. Seu pai, o Senhor das Ilhas de Ferro, no entanto, pouco se importa com o fim do filho eunuco.

Jon

Nem todo o episódio foi perfeito, porém. A rápida cena de Jon Snow e sua amada Ygritte foi bastante mal construída. Como que a ruivinha apareceu ali, sozinha, para caçá-lo? E os outros selvagens restantes? Me soou forçado, mas também deixou claro que ela não quis matar o bastardo, do contrário o teria feito. Foi bacana ver Jon voltando a Castelo Negro e reencontrando Sam, que há pouco havia chego.

Sam

E a trama de Sam encontrou seu rumo em Bran. O encontro do gordinho com o Stark foi bem interessante, não só por vermos as histórias se cruzarem, mas pelos "presentes" entregues ao jovem garoto. Ao menos com as adagas eles terão como se proteger além da muralha, mesmo ainda acreditando que ir mais ao Norte é burrice no momento. Seguindo seu caminho, Sam e Gilly (casalzinho que, assumo, simpatizo cada vez mais) encontram também o meistre Aemon, e como foi legal revê-lo. O fato promete movimentar o 4º ano da série, por conta das dezenas de corvos enviados.

Jaime

Outro ponto fraco do episódio foi o retorno do Regicida a Porto Real. Não só por Brienne não ter tido tempo nem para falar, mas o próprio Jaime pouco o fez, diminuindo a importância de sua chegada. Houve apenas um "oi" para a chocada Cersei, que viu seu irmão/amante sem sua mão.


Davos

De volta a Pedra do Dragão, pudemos ver Lorde Davos interagindo novamente com a carismática garotinha Shireen, o que sempre humaniza e muito o personagem. Não contente com a situação que desenhava-se para Gendry, Davos o liberta, gerando um pequeno lampejo de raiva por parde de Stannis, que o sentenciou a morte. Melisandre, porém, logo acalmou a fera, com o pretexto de usar o Meia-Mão na possível batalha contra os White Walkers. Salvo pelo corvo de meistre Aemon. Toda a cena, vale dizer, teve uma fotografia belíssima ao pôr do sol, das mais belas que já presenciei na série.

Tyrion

Toda reunião em família dos Lannister rende grandes momentos para GoT. A começar pela discussão de Tyrion e Joffrey, que ameaçava servir a cabeça de Robb à mesa de Sansa (que moleque maldito!). O embate, finalizado por Tywin, gerou outro com o próprio Mão do Rei, o que nos mostra que o Rei, de fato, não manda em nada em Porto Real. O que se seguiu foi novamente o Meio-Homem sendo humilhado por seu pai, ainda que um mínimo de afeto possa ter sido sentido do patriarca para com o filho, mesmo que motivado pelo nome da família. Justamente o afeto entre pais e filhos foi o tema da conversa entre Cersei e Tyrion, em outro diálogo emocional da megera Lannister, tentando provar que tem coração.

Daenerys

Encerrando a temporada e dando sentido ao título do S03E10, vemos Daenerys enfim libertar os escravos de Runkai, que a tomam como "Mhysa" (mãe) e a carregam nos braços enquanto os dragões alçam voo. Mais um ótimo final de episódio, para um 3º ano excelente de GoT. Só nos resta agora aguardar um ano até o retorno para o 4º, que promete grandes momentos, visto que retratará o final do terceiro livro. Até lá!


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