CCXP 2015 | A primeira vez é inesquecível


Não pude participar da primeira Comic Con Experience, em 2014. Compromissos e dificuldades financeiras não permitiram que eu presenciasse aquele que foi um dos momentos mais celebrados da cultura pop/nerd/geek que o país já teve notícia. Se me arrependi? Com certeza. Me arrependo até hoje, ainda que não houvesse muito a fazer na ocasião. Cada foto postada por amigos e conhecidos no Facebook ou no Instagram era um pesar, e acabei me contentando em acompanhar a ótima live do Omelete na tentativa de suprir a vontade de estar lá. Dito isso, fica fácil entender que eu tinha como objetivo pessoal comparecer na edição de 2015, aquela que prometia ser ainda mais épica que a anterior. 

De lá pra cá o Cinéfilo em Série cresceu e alcançou um público maior, o que acabou me motivando a tentar o credenciamento de imprensa para o evento, com o objetivo de cobrir a CCXP de forma oficial. Imaginem o tamanho da minha empolgação quando obtive a resposta positiva da organização? Eu queria muito estar lá e eles confiaram em mim para cobrir seu evento. Perfeito! Me planejei bastante, tracei planos. Nada, porém, me prepararia pra tudo aquilo.


Dia 1

Atravessar a catraca da CCXP é como entrar na TARDIS: aparentemente pequena por fora, gigante e mágica por dentro. Tudo que falam da experiência de comparecer Comic Con é verdadeira. Ao dar o primeiro passeio pelos corredores do pavilhão - já com os portões abertos ao público em geral após a coletiva de imprensa (que revelou o objetivo de tornar o espaço ainda maior nos próximos anos) - fiquei fascinado pela quantidade de informações e atrações que estavam a nossa disposição. Você vira uma esquina e da de cara com o divertidíssimo estande da Netflix, logo em frente uma série de atrações sobre Star Wars, vira outra esquina e encontra o ultra interativo estande da Warner, o da Fox, o da Sony, o da Universal, Limited Edition, Loja Mundo Geek, action figures em todo canto, artes, quadrinistas, figurinos, camisetas, brindes, cosplayers, fãs apaixonados para todo o lado... ufa... é coisa demais! E você provavelmente precisará de pelo menos uns 3 dias para conhecer a feira por completo, caso planeje estar lá em 2016.

Um detalhe em especial, pra mim, não teve preço no evento. Sabe aquela galera que você acompanha diariamente via blog, redes sociais, YouTube e etc? Eles estão lá. É sair do banheiro e dar de cara com o PH Santos do Rapaduracast e do Iradex, é entrar numa loja de action figures e cumprimentar o Pablo Villaça, do Cinema em Cena, é virar uma esquina e esbarrar no Diogo Braga do MRG. Claro, todos os encontros devidamente registrados por selfies que foram postadas com carinho no mural do meu Facebook. Mais que isso, era bacana perceber a alegria de toda essa galera por estar lá. E se engana quem pensa que demorei o dia todo pra ver esse pessoal. Essas foram as pessoas que encontrei na 1ª HORA da Comic Con Experiente.

Caminhei alucinadamente pela maior quantidade de estandes possíveis, encantado com a grande maioria deles, assim como com a imensa variedade de cosplays que encontrava pelo caminho. Mas era melhor deixar o hype baixar, afinal a cobertura tinha acabado de começar e ainda tinha mais 3 dias pela frente. Então fui almoçar. A imensa praça de alimentação trazia uma boa variedade de lanches e pratos, ainda que os preços desanimassem um pouco. "Faz parte", eu pensei. Paguei, almocei, respirei e parti pra próxima. 

Pouco antes do início do evento havia sido lançado o aplicativo oficial da CCXP, que facilitaria e muito a vida de cada visitante se o ambiente possibilitasse o uso do mesmo. A falta de uma rede Wi-Fi ativa acabou fazendo falta nessas horas (algo que se melhorado pode fazer a diferença em próximas edições), então apelei para o guia de bolso distribuído na entrada do evento, o que me fez lembrar que Evangeline Lilly estaria autografando seu livro a poucos metros dali. Sim, a Kate de LOST. A KATE. DE LOST! Agora imaginem a empolgação de um fã apaixonado pela seriado que te apresentou ao mundo serieador. Imaginou? Esse cara era eu. Não pensei duas vezes em entrar na fila, mal sabendo que teria minha primeira decepção no evento (foram apenas 2 e falarei da segunda numa próxima matéria).

Os autógrafos tinham hora para terminar, e por mais carinhosa e atenciosa que a atriz (e agora autora) fosse, era impossível atender a todos, visto que a mesma tinha um painel no auditório principal logo em seguida. Tive que me contentar com algumas fotos que tirei do lado de fora da sala. Tão perto... mas tão longe... E corri para o auditório para cobrir seu painel. 

Chegando lá apenas confirmei o que já havia visto durante os autógrafos: o carisma e a bondade de Evangeline eram contagiantes. A atriz se esforçava ao máximo para dizer, segundo ela, a única palavra que conhecia em português: "obrigada" (no vídeo abaixo vocês podem ver isso). Estava lá para promover seu livro, Os Molanbolengos, história que carrega consigo desde a adolescência e que finalmente pode colocar no papel em parceria com artistas que fizeram artes para O Senhor dos Anéis.



Se tudo isso não bastasse, o primeiro dia de CCXP ainda foi ótimo para fazer novas amizades. Ainda que eu seja uma pessoa bem tímida, a atmosfera daquele lugar me permitiu ser um pouco mais descontraído, batendo papo com uma galera ótima que transformava 3 horas de fila em minutos. Agradeço em especial a simpatia e a parceria da Carol e da Morena, do blog Sons of Series e também da Isabella, do Falando Groselha, que já conhecia da internet e tive o prazer de ver pessoalmente.

Estava só começando. O dia 2 também reservaria muitas surpresas...

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