Game of Thrones 7x01 | Dragonstone


SPOILERS!

O inverno chegou e com ele as reviews semanais de Game of Thrones! Seguindo a tradição anual, eu, Daniel Oliveira, estarei aqui semanalmente escrevendo sobre cada episódio da 7ª temporada da série. Lembrando que esse ano teremos apenas 7 episódios, 3 a menos do que era tradicional até aqui.

E que retorno, não é mesmo? Como de costume nos retornos da série, tivemos um episódio bem didático, deixando claro para o espectador onde está cada peça do tabuleiro e o rumo que eles devem seguir dali em diante. Apesar de não ter havido acontecimentos bombásticos, tivemos outros simbolicamente marcantes, mas detalharei tudo isso a seguir.

Arya

Dragonstone começou já com uma cena pré-créditos empolgante, quando Arya - travestida de Lorde Frey - envenenou o que havia sobrado da casa de traidores. Não sem antes avisar que as ovelhas não estão a salvo se um lobo restar. E todos entramos nos créditos iniciais com a empolgação lá em cima. Ainda no caminho da jovem Stark estava Ed Sheeran. Não, você não leu errado, o cantor fez uma participação especial como um soldado da casa Lannister, que cantava enquanto se alimentava com seus colegas nas Terras Fluviais. Uma cena leve, aparentemente despretensiosa, mas que serviu para estabelecer que Arya está a caminho de Porto Real. E ela quer matar a Rainha!

Bran

Bran, agora o caçula Stark (descanse em paz, Rickon) enfim chegou a Muralha acompanhado de sua fiel escudeira Meera Reed. A cena basicamente serviu para mostrar o garoto "wargando" em um gigante morto-vivo, que acompanha a tropa dos white walkers. Isso serviu pra ligar o alerta vermelho de que o perigo está, de fato, a caminho. E a primeira pista de que a Muralha (ou a queda dela) será uma peça chave dessa temporada.


Jon

Em Winterfell, Jon tomou a difícil decisão de perdoar os vassalos que traíram a família Stark e se aliaram aos Bolton durante o tempo que os traidores tomaram a casa para si. Um cena rápida, mas que serviu para mostrar novamente o quão incrível é Lyanna Mormont (Lyanninha das Trevas, para os íntimos), que deixou claro que com a iminência do perigo, não pretende ficar em casa tricotando enquanto os homens vão para a guerra. Um momento que também serviu para mostrar que o Rei do Norte está ciente que precisa juntar o máximo de vidro de dragão possível para vencer os white walkers, além de, claro, mostrar a primeira divergência com a irmã.

Sansa

É muito interessante vermos Sansa interagindo com alguém da casa Stark novamente, pois temos a oportunidade de perceber de forma abrupta o quanto a personagem mudou desde que saiu de Winterfell pela primeira vez. Sua relutância em concordar com as decisões de Jon são fruto das inúmeras trapaças e artimanhas que presenciou nos últimos anos e, como a mesma citou, a  influência que teve de Cersei em sua formação. Por isso, quando a nortenha diz para Jon que ele não pode ser ingênuo como Ned e Robb foram, sabemos que ela sabe do que está dizendo, e temos que torcer para que Snow saiba escutar a irmã, que pode sim ajudá-lo muito. Afinal, Mindinho está por lá para garantir que eles não se acertem, ainda que Sansa tenha colocado ele em seu devido lugar até aqui.

Sam

Surpreendentemente, a trajetória de Sam é a que trouxe mais revelações nesse primeiro episódio. Dividindo seu tempo entre os estudos e as latrinas, o aspirante a meistre se vê incomodado de não poder visitar a sessão privada dos livros da Cidadela e acaba dando um jeito de tomar alguns exemplares emprestados, mesmo indo contra os conselhos do Arquimeistre Marwyn (vivido pelo ator Jim Broadbent, mais uma excelente adição ao elenco de GoT). Duas coisas ficaram claras pra mim: 1) Sam ainda terá um importante papel para série, servindo de "informante" para o Rei do Norte; e 2) A Muralha está com os dias contados, pois a enfática fala do Arquimeistre de que nunca nenhum temor passou pelo obstáculo é suspeita demais para estar ali, simplesmente jogada.

Também tivemos a revelação de que Sor Jorah encontra-se na Cidadela, certamente procurando pela cura do escamagris, que já lhe toma todo o braço. E claro, o Ândalo quer saber se sua Khaleesi já chegou a Westeros.


Cão

Acho que todos concordamos que as cenas mais dispensáveis desse 7x01 foram as do Cão de Caça. Tudo bem que as visões que o brutamontes teve nas chamas soaram como se Beric Dondarrion tivesse uma importância para a trama que até o momento não vimos, porém tudo que envolveu a Irmandade Sem Badeiras soou deveras desinteressante.

Cersei

Em Porto Real, a Rainha Cersei mostra que anda muito bem informada de tudo que acontece pelos Sete Reinos, pois tem ciência dos passos de todos os seus inimigos (exceto daqueles além da Muralha. Gostei bastante da cena em que Jamie a confronta a respeito da morte do filho, mostrando que a matriarca, ainda que tivesse amado seus herdeiros de todo o coração, já segue em frente, pois somente os 2 estão vivos agora, e nada é mais importante que eles, como a própria Lannister sempre frisa. E como já era esperado, tivemos um principio de aliança da dupla com os Greyjoy - ou parte deles -, mais precisamente com Euron. O que o usurpador trará de presente para Cersei?

Daenerys

Para finalizar a review de hoje, é claro que não podia deixar de falar de Daenerys e seu triunfal retorno para Pedra do Dragão (ou na versão original e que nomeia o episódio: Dragonstone). Foi emocionante ver a personagem, enfim, chegar ao lar dos Targaryen, algo que esperamos desde a primeira temporada da série. E que cenários fantásticos foram construídos, não é verdade? Isso fora os figurinos dessa sétima temporada, que são deslumbrantes. Mas esse tipo de elogio é lugar comum em Game of Thrones. Após um passeio por todas as acomodações, sempre acompanhada de TyrionDaenerys enfim chega a mesa de guerra, que tanto vimos ser usada por Stannis na segunda temporada. Ela então profere para seu Mão da Rainha e para nós, espectadores: "Vamos começar?"

Já começou, Khaleesi... já começou.

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