Orange is the New Black | 5ª Temporada


Orange is the New Black, série criada por Jenji Kohan, inicia seu quinto ano após uma quarta temporada que entregou um baita cliffhanger para sua audiência. A questão que ficou no ar era se esse novo ano seria capaz de superar a qualidade do anterior. A resposta foi sim, em alguns momentos, em outros, nem tanto.

O sucesso da temporada passada é inquestionável e os espectadores estavam aguardando algo no mesmo nível, com a mesma intensidade e qualidade. OITNB não decepcionou a audiência, mas também não se aventurou em entregar algo novo ou extraordinário. A série manteve-se em um patamar seguro, dando voz as personagens dos núcleos negro e latino, removendo cada vez mais a presença de Piper Chapman (Taylor Chilling) da trama.

As rédeas dessa temporada ficaram nas mãos de Taystee Jefferson (Danielle Brooks), que após a morte de Poussey Washington (Samira Wiley), fica indignada com a falta de respeito que o caso foi encarado pelos oficiais que comandam Litchfield. Como resultado inicia-se um motim, primeiramente com as detentas de seu núcleo de convívio, mas rapidamente tornando-se uma mobilização generalizada.


A série trouxe episódios brilhantes, com momentos intensamente dramáticos, mas também pecou em explorar a sua marca registrada: o humor e a descontração. Com a premissa girando em torno dos 3 dias de motim na prisão, tudo se desdobra com certa urgência, o que colabora para que a história caminhe com um bom compasso, sem ficar cansativa ou arrastada, salvo um ou outro capítulo, onde a atenção se perde para situações mais cômicas ou aleatórias, ainda que relevante até o fim.

Piscatella (Brad William Henke) ganhou o título de “vilão” da temporada, trazido para a trama de uma forma que surpreendeu os espectadores. Ele deixa de ser apenas um guarda linha dura para se revelar um cara problemático, sádico e que nutre ódio por mulheres. O ápice das suas atitudes vingativas fica exemplificado em cenas como a que aprisiona várias personagens e entrega um discurso apavorante, regado a sessões de tortura que são difíceis de esquecer.

Vale pontuar que a quinta temporada não se privou de mostrar vários momentos que refutam a violência excessiva da polícia contra a comunidade negra. A série toca nesse assunto várias vezes, entregando discursos importantíssimos sobre violência, dignidade e justiça, pela boca dos personagens certos, dando um brilho extra para a trama. Além disso, os roteiristas fazem questão de mostrar como o sistema penitenciário norte-americano é falho, como as coisas são resolvidas de forma displicente e, muitas vezes, sem nenhuma humanidade.


A quinta temporada de Orange is the New Black fecha arcos, mas também abre muitos outros. Separa personagens e mostra que a partir de agora seus destinos são incertos. As atitudes tomadas ao longo desse motim vão influenciar o destino não só das detentas, mas também de Litchfield.  Tudo termina com um frio na barriga, sem sabermos o que pode acontecer. Isso é revigorante para a série, pois dá espaço para exploração de novas situações, cenários e até personagens novos. Só nos resta aguardar por 

E se quiser conferir a crítica em vídeo que fiz dessa 5ª temporada de OITNB, dê play abaixo!

Comentários