CRÍTICA | Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros

Direção: Colin Trevorrow
Roteiro: Colin Trevorrow, Rick Jaffa, Amanda Silver e Derek Connolly
Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Vincent D'Onofrio, Omar Sy, entre outros
Origem: EUA
Ano: 2015


Após quase 15 anos desde seu último longa-metragem, chegava aos cinemas o quarto filme da franquia Jurassic Park. Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros surgiu com a promessa de dar novo fôlego para essa que é uma das séries cinematográficas mais emblemáticas das telonas. Batendo a marca de mais de 1,5 bilhões de dólares de arrecadação, a obra está entre as maiores bilheterias da história do cinema, e reuniu fãs nostálgicos e saudosistas aos da nova geração, que estavam sendo apresentados pela primeira vez à trama.

Dirigido por Colin Trevorrow (O Livro de Henry) e produzido por Steven Spielberg (Jogador Nº 1), o novo longa estabelece um novo parque dos dinossauros. Vinte e dois anos após os acontecimentos do filme original, dessa vez, o renascido Jurassic World está em pleno funcionando e com recordes de público. Em posse do bilionário Simon Masrani (Irrfan Khan) e gerenciado pela competente e controladora Claire (Bryce Dallas Howard), o empreendimento, apesar do imenso sucesso, necessita de uma nova atração para aumentar o interesse de seus visitantes e decide investir na criação de novas espécies de dinossauros geneticamente modificados, utilizando  do DNA de outras espécies de animais.

É dessa maneira que nasce a maior ameaça da obra. Se antes a grande estrela - e temor - era o T-Rex, dessa vez somos apresentados aos Indominus Rex, um híbrido criado pelo Doutor Henry Wu (BD Wong), dotado de incrível inteligência e astúcia, que ao escapar, coloca em perigo os milhares de visitantes e funcionários do parque, incluindo os sobrinhos de Claire.

Foto: Universal Pictures

Se existe um ponto principal a ser destacado em Jurassic World é o seu teor nostálgico. O filme se preocupa em homenagear os primeiros longas da franquia e o faz de forma bem-sucedida, mantendo-se na mesma linha criativa que agradou tantos fãs ao longo dos anos, sem deixar de lado as inovações necessárias para se destacar junto ao novo público, algo essencial para não soar como uma cópia pura e simplesmente, com modificações aqui e ali.

Trevorrow é eficiente em mexer com a memória afetiva do espectador de longa data, remetendo aos filmes originais e espalhando referências ao longo de toda a narrativa. Por outro lado, investe em um elenco totalmente renovado, repleto de carisma, sem amarras com o passado. 

Chris Pratt (Vingadores: Guerra Infinita) é Owen, um treinador de raptors charmoso, enérgico e dinâmico. Bryce Dallas Howard (Histórias Cruzadas) se destaca como a protagonista feminina que mais evolui durante a trama. Já os jovens Nick Robinson (Com Amor, Simon) e Ty Simpkin (Homem de Ferro 3) merecem destaque especial, já que são responsáveis segurarem sozinhos boa parte da narrativa sem se tornarem enfadonhos, servindo também como o principal elo de ligação do novo filme com as obras anteriores.

O roteiro esbarra em alguns clichês antigos, como o da mulher que prefere investir no trabalho e na carreira ao invés da maternidade, se perguntando se fez a escolha certa; ou mesmo o perfil da chefe controladora, que se afasta da família e é fria com os funcionários; e tantas outras características que estamos cansadas de ver nas telas. Também vemos o cientista sem escrúpulos em sua busca por uma grande criação. É claro que nada disso prejudica o resultado final, mas vale a pena a menção.

Foto: Universal Pictures

Jurassic Wold: O Mundo dos Dinossauros também apresenta efeitos especiais fantásticos, algo essencial para a credibilidade do filme. Trata-se de uma ótima nova etapa dessa franquia tão importante e que fez história no cinema. Uma obra que permite novos rumos, ainda não explorados pelos longas anteriores, algo que é sempre promissor e empolgante.

Ótimo

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