CRÍTICA | Missão: Impossível - Protocolo Fantasma

Direção: Brad Bird
Roteiro: Josh Appelbaum e André Nemec
Elenco: Tom Cruise, Jeremy Renner, Simon Pegg, Paula Patton, Josh Holloway, entre outros
Origem: EUA / Emirados Árabes Unidos / República Checa
Ano: 2011



Tom Cruise (No Limite do Amanhã) se pendurando em lugares inacreditáveis, cenas de ação que beiram a loucura e o retorno do ótimo Simon Pegg (Chumbo Grosso). A franquia Missão: Impossível retornava para o seu quarto capítulo, cinco anos depois do último longa, agora não mais apostando em números em seu título, mas sim em um subtítulo: Protocolo Fantasma. E ainda que mantenha a premissa de aventura descontrolada dos dois longas anteriores, o que se via em tela era o episódio mais divertido da franquia.

Para trazer esse "frescor" à obra, o escolhido para direção foi Brad Bird (O Gigante de Ferro), uma opção um tanto surpreendente, não por sua capacidade na função, mas pelo fato do cineasta ter apenas animações até então em seu currículo. Bird, conhecido por ser um dos cérebros da Pixar Animation Studios, responsável por obras como Os IncríveisRatatouille, tinha a oportunidade de se colocar entre os bons diretores de live action, agarrando a oportunidade com unhas e dentes.

Aqui, como de praxe, vivenciamos um espiral de cenas de tirar o fôlego. Em pouco tempo, vemos Ethan Hunt (Cruise) sendo resgatado de uma prisão russa, depois tentando roubar códigos secretos de dentro do Kremlin, falhando e sendo julgado por um ataque terrorista ao local, o que faz com que a IMF (Impossible Mission Force) seja apontada como responsável e levando seu nome a uma lista de ex-agentes procurados pelo mundo. E temos aqui apenas 40 minutos de filme.

Foto: Paramount Pictures

Como de costume, a formação da equipe que acompanha Hunt é parte essencial para um bom Missão: Impossível. Além do já citado retorno de Simon Pegg como Benji, o quarto episódio da franquia traz novas adições ao elenco. Paula Patton (Déjà Vu) é Jane Carter, uma espécie de "substituta" para Maggie Q (Nova York, Eu Te Amo) que não retornou do filme anterior. Já Jeremy Renner (Capitão América: Guerra Civil) estrearia na série de filmes como o enigmático William Brandt. A química entre os quatro protagonistas é, certamente, um dos maiores acertos do longa.

Outra escolha certeira da produção é a pluralidade de locações. Temos quase uma viagem ao longo do globo. Após começar em Moscou, o longa passa por cidades como Dubai, Praga, Bangalore e Vancouver. A diversidade de paisagens também ajuda a realçar a bela fotografia da obra. Seja no deserto, ou no topo do Burj Khalifa, o escopo de grandiosidade nunca cessa durante as mais de 2 horas de projeção.

Alias, o arranha-céu de Dubai merece um capítulo a parte por protagonizar a cena mais impactante do filme. Cruise, conhecido por não usar dublês em suas cenas de ação (algo digno de palmas), não faria diferente dessa vez. O ator foi pendurado do lado de fora da construção, que tem “apenas” 828 metros de altura e algo em torno de 160 andares. Um dia normal na vida do ator, acostumado em vivenciar tais façanhas. Sem dúvida um elemento determinante para o apelo que a obra traz.

Foto: Paramount Pictures

Afirmo sem medo de errar, Missão Impossível: Protocolo Fantasma (Mission Impossible: Ghost Protocol) é um dos melhores, se não o melhor, filme da franquia. Cenas de ação de perder o fôlego, personagens carismáticos, um humor na medida certa (que viria a ser uma marca dali em diante) e, claro, o que nunca pode faltar: Tom Cruise correndo como nunca em tela.

Ótimo



Eduardo é jornalista, fã da franquia e queria chegar aos 56 anos tão bem quanto o menino Cruise.

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