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Rafael da Fonte de Hires
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Um ano se passou desde a estreia de Punho de Ferro na Netflix. Após a repercussão negativa de grande parte da crítica e público, muitos se perguntavam se haveria uma nova temporada para o herói e se a produção teria a oportunidade de se redimir pelos erros cometidos anteriormente. A resposta para primeira pergunta é sim, houve, já a segunda é algo que eu te convido a descobrir.
A trama dessa segunda temporada é a única que parece sentir as consequências imediatas dos eventos passados em Os Defensores. Danny (Finn Jones) agora é o responsável por cuidar da cidade, já que o Demolidor (Charlie Cox) aparentemente morreu soterrado no prédio onde o grupo enfrentou o Tentáculo e Elektra (Elodie Yung). Colleen (Jessica Henwick) fechou a academia após descobrir que seu ex-mentor, Bakuto (Ramon Rodriguez) é um dos líderes do Tentáculo. Ela e Danny vivem uma vida de casal tranquila.
Joy (Jessica Stroup) volta a Nova York, na tentativa de se separar da Rand Enterprises, por ainda estar irritada com Danny e Ward (Tom Pelphrey), que não contaram a ela que seu pai estava vivo. Davos (Sacha Dhawan), por sua vez, ainda está ressentido por ter perdido o poder do Punho de Ferro e por Danny ter abandonado K'un-L'un, quando a cidade estava sob ataque. Enquanto isso, o Punho de Ferro terá de lidar com as Tríades, sindicatos criminosos da máfia chinesa.
Joy (Jessica Stroup) volta a Nova York, na tentativa de se separar da Rand Enterprises, por ainda estar irritada com Danny e Ward (Tom Pelphrey), que não contaram a ela que seu pai estava vivo. Davos (Sacha Dhawan), por sua vez, ainda está ressentido por ter perdido o poder do Punho de Ferro e por Danny ter abandonado K'un-L'un, quando a cidade estava sob ataque. Enquanto isso, o Punho de Ferro terá de lidar com as Tríades, sindicatos criminosos da máfia chinesa.
Foto: Linda Kallerus / Netflix |
A exemplo do primeiro ano, o roteiro da série continua usando de muitas tramas secundárias, porém, dessa vez, de forma mais bem resolvida, já que os rumos são explicitados desde o inicio. Ainda assim a narrativa é confusa. Ora vemos o desenvolvimento da mitologia do Punho de Ferro, ora vemos Colleen atrás de um objeto que tem o mesmo símbolo da espada de sua família, ora vemos Davos tentar acabar com Danny, ora vemos Ward lidando com seu vício, ora vemos Joy começando seu próprio negócio, ora vemos guerra e paz alternadamente ditando o dia das Tríades e ora vemos o desenvolvimento de Mary Walker (Alice Eve), uma nova personagem misteriosa. O excesso de subtramas acaba deixando o espectador sem saber o foco principal da produção, o que é bem problemático.
Algo importante de se destacar são as cenas de ação, que estão muito melhor trabalhadas. Apostando em enquadramentos bem pensados e um menor número de cortes, as lutas acabam valorizadas. É uma pena que Finn Jones (Game of Thrones) siga pouco convincente, já que suas cenas sempre passam um ar de artificialidade quando está surrando alguém ou usando seus poderes.
Algo importante de se destacar são as cenas de ação, que estão muito melhor trabalhadas. Apostando em enquadramentos bem pensados e um menor número de cortes, as lutas acabam valorizadas. É uma pena que Finn Jones (Game of Thrones) siga pouco convincente, já que suas cenas sempre passam um ar de artificialidade quando está surrando alguém ou usando seus poderes.
A direção de arte é bem feita, com destaque para as cenas de flashback, onde vemos Danny e Davos ainda crianças em K'un-Lun, bem como o embate derradeiro para definir o escolhido a enfrentar Shou Lao. Vale destacar o momento em que ambos vestem a icônica máscara do personagem. E devo dizer que, se finalmente tivessem aderido ao uniforme em todas as cenas de Danny Rand em ação, como é feito em Demolidor, seria possível acreditar que Finn Jones é o Punho de Ferro. Essa breve menção, sozinha, quase como uma referência, não satisfaz o desejo dos fãs de verem o personagem na telinha.
Apesar dos problemas, Finn Jones deixou de ser o desastre ambulante da temporada passada, ainda que seu personagem mantenha motivações conflitantes, entre fazer as pazes com Davos e aprimorar os poderes do Punho. Jessica Henwick (Game of Thrones) é novamente o destaque da série. Mesmo com a diminuição do arco narrativo de Colleen, a atriz é quem tem as melhores coreografias de ação e entrega em tela o que é esperado. Sacha Dhawan (Uma Aventura no Espaço e Tempo) como Davos é o "irmão" cheio de inveja, já que se entendia como "o predestinado", querendo a todo custo pegar o que é seu "por direito". Infelizmente sua motivação é martelada o tempo inteiro, tornando a mensagem repetitiva.
A segunda temporada de Punho de Ferro não é ruim, corrige em muito aspectos os erros cometidos anteriormente, porém, ao insistir em muitas tramas paralelas desinteressantes, acaba por teu seu resultado final novamente prejudicado, o que torna a produção dispensável. Tão dispensável que foi recentemente cancelada pela Netflix. Resta agora saber se o protetor de K'un-Lun terá sobrevida em outros projetos, como uma possível nova temporada de Os Defensores, ou com aparições em Luke Cage.
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