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Postado por
Isabelle Carvalho
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O universo é grande demais para compreendermos todos os seus mistérios. Esta é a premissa de Dark, série original alemã da Netflix, que, à princípio, foi comparada a Stranger Things, pela presença de elementos similares. No entanto, a obra pouco tem semelhanças com a queridinha norte-americana, se estabelecendo pela genialidade e maestria com que aborda assuntos complexos. Sua segunda temporada repete a grandiosidade com que se apresentou, criando boas expectativas para uma terceira e última parte da história.
Dark ambienta-se em Widen, uma pequena cidade da Alemanha, que parece ter sido moldada e desenvolvida a base mentiras e segredos sombrios. O desaparecimento de Mikkel Nielsen (Daan Lennard Liebrenz) parece ser o estopim para que a verdade comece a vir à tona. Incluindo a possibilidade de viagens no tempo através de uma espécie de “portal”, que permite um salto temporal trinta e três anos para o passado ou trinta e três anos para o futuro.
A segunda temporada retoma a narrativa de onde paramos, ou seja, Jonas Kahnwald (Louis Hofmann) viaja para o ano de 2052 e encontra uma Terra devastada por um apocalipse ocorrido há trinta anos. A partir daí, a premissa é ele tentar voltar à sua época para impedir a tragédia e salvar aqueles que ama.
Foto: Netflix |
A produção alemã mantém o ritmo instituído em sua primeira parte, fortalecendo e se aprofundando nas teorias expostas anteriormente. Desta vez, tendo o público já assimilado a sua estrutura e personagens, o roteiro adentra ainda mais no suspense e ficção científica. Compreendida a intrincada teia que compõe a trama, há espaço para a introdução de uma nova dúvida: quem é o “bem” e o “mal? Questão esta cuja resposta era um consenso na primeira temporada. Aqui, tudo é posto à prova, tornando as coisas ainda mais interessantes.
Aqui há espaço para teorias como a do Paradoxo de Bootstrap, que prevê que objetos ou informações podem existir sem terem sido criados, ou seja, não possuem uma origem. Ou mesmo a Teoria Quântica Retrocausal, em que o futuro influencia consideravelmente no passado, em outras palavras, sem o futuro, o passado não poderia existir. Premissas que são levadas às últimas consequências, o que mostra a inventividade da série ao se utilizar de princípios físicos para aplicá-los com licença poética.
Ademais, a série como um todo é rodeada por questões filosóficas e espirituais. Como, por exemplo, a existência ou não de livre arbítrio. Somos livres em nossas escolhas ou somos influenciados por um futuro impossível de se alterar? A terceira parte promete responder a tais indagações, além de esclarecer um possível novo caminho apresentado no desfecho desta.
Ótimo |
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