CRÍTICA | Harry Potter e a Pedra Filosofal

Direção: Chris Columbus
Roteiro: Steve Kloves
Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Richard Harris, Maggie Smith, Alan Rickman, entre outros
Origem: Reino Unido / EUA
Ano: 2001


Quem nunca quis receber a sua carta de Hogwarts aos onze anos de idade? Quem nunca sonhou em praticar feitiços ou jogar quadribol? É difícil encontrar uma saga que tenha marcado tanto uma geração quanto Harry Potter. E a chave para todo o sucesso foi a genialidade e criatividade de J.K. Rowling, autora de todos os livros, que a tornaram uma das maiores estrelas literárias de todos os tempos. Ao longo de sete livros, a escritora construir uma história muito bem desenvolvida, estruturada em bases fortes e relacionáveis a muitos públicos, realmente envolvente. 

O primeiro filme da saga, Harry Potter e a Pedra Filosofal (Harry Potter and the Sorcerer's Stone), lançado em 2001, nos introduz a esse universo mágico, contando a história de um menino órfão de dez anos, que vive em Londres com seus tios desprezíveis e com o primo que o inferniza diariamente. Mas ao completar onze anos, sua vida muda drasticamente quando recebe uma carta que o convida a estudar na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. 

A partir daí, Harry (Daniel Radcliffe) descobre que seus pais eram bruxos, que foram assassinados quando ele era apenas um bebê pelo maior vilão de todo o mundo mágico, Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. O garoto escapou ileso deste ataque, tendo como lembrança apenas uma cicatriz em formato de raio na testa. E justamente por ter sobrevivido, isso o torna tão famoso na comunidade bruxa, sendo conhecido como “o menino que sobreviveu”, ao mesmo tempo em que o vilão desapareceu após a fatalidade. O que todos temem, no entanto, é que ele não esteja morto, e sim apenas preparando seu retorno de modo triunfal e catastrófico.

Foto: Warner Bros Pictures

Aos poucos, enquanto acompanhamos Harry sair de seu mundo trouxa (denominação de quem não é bruxo) e entrar no universo fantástico da magia, vamos nos transformando e nos encantando junto com ele. A partir daí, vemos de perto o cotidiano do protagonista e seus dois novos amigos, Rony Weasley (Rupert Grint) e Hermione Granger (Emma Watson), até que acontecimentos estranhos perturbam a rotina da escola, quando o boato de que haveria ali escondido um precioso objeto que teria envolvimento com o passado dos pais de Harry.

Alguns elementos em comum com contos infantis definitivamente podem ser encontrados ao longo de Harry Potter e a Pedra Filosofal. A própria escolha de Chris Columbus (Esqueceram de Mim) como diretor foi mais do que apropriada, já que o início dessa história é focado em seus protagonistas mirins, com um tom mais infantil necessário para a introdução de todo um universo. 

Dentre os grandes méritos do longa-metragem, podemos destacar a fantástica direção de arte, que recria nos mínimos detalhes o mundo imaginado por J.K. Rowling, desde os cenários até o incrível figurino, que nos emocionam com a perfeição de cenas como a do Beco Diagonal, do Salão Principal e da partida de quadribol. 

Além disso, não posso deixar de mencionar o grande elenco que compõe o filme, como o trio de ouro composto por Daniel Radcliffe (A Mulher de Preto), Emma Watson (As Vantagens de Ser Invisível) e Rupert Grint (Entre Inimigos), que até então eram atores mirins desconhecidos, mas que deram vida de forma brilhante e genuína a esses personagens tão amados. Isso sem contar nomes poderosos entre o elenco coadjuvante, como Richard Harris, (Os Imperdoáveis) no papel do grande Alvo Dumbledore; Maggie Smith (A Senhora da Van), como a durona Professora McGonagall; Alan Rickman (Duro de Matar), como o temido e misterioso Professor Snape; além de Robbie Coltrane (Grandes Esperanças), como o amável Hagrid.

Foto: Warner Bros Pictures

Talvez o único elemento que não sobreviva bem a uma revisita hoje em dia é o dos efeitos digitais, talvez pela falta de orçamento inicial, mas que são compreensíveis, já que foi apenas o início da consolidação do sucesso de Harry Potter no cinema, que a cada dois anos mostrou crescimento e superação na produção de adaptações com cada vez mais qualidade.

Harry Potter e a Pedra Filosofal é um ótimo começo, emociona quem cresceu lendo a obra original, aguça a curiosidade para quem quer conhecer o restante da história e traz um apetite insaciável para filmes de fantasia, o que justifica todo o sucesso que fez ao redor do mundo, criando milhões de fãs que permanecem fiéis até hoje a esse universo de magia e bruxaria. Porque, na verdade, é muito mais do que uma história de magia para crianças. É uma história sobre perda, amadurecimento, transformações e, acima de tudo, o poder do amor e da amizade, tudo o que precisamos nesse mundo trouxa em que vivemos. 

Ótimo


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Já está sabendo da websérie de 8 episódios baseada no universo Harry Potter que está sendo produzida aqui no Brasil? Marotos: Uma História conta a história dos marotos no período da Primeira Guerra Bruxa, mostrando Tiago Potter, Sirius Black, Remo Lupin e Pedro Pettigrew em seu último ano em Hogwarts. Além deles, outros personagens também estão presentes, como Lílian Evans, Severo Snape, Alice Prewett, Frank Longbottom e entre outros. 

Com uma equipe majoritariamente feminina, a websérie é uma produção independente e sem fins lucrativos, e por isso, toda ajuda é bem-vinda dos fãs e amantes de filmes de fantasia, para que esses cineastas apaixonados pelo universo de Harry Potter consigam produzir a série com boa qualidade. A equipe está aceitando doações através das plataformas PayPal e PagSeguro, assim como em sua conta pessoal. Todas as informações estão na bio da conta oficial da série no Instagram. Além disso, a produção já conta com três fã-clubes e alguns vídeos de divulgação em seu canal no YouTube, inclusive um teaser trailer oficial que vocês podem assistir logo abaixo! 

Para saber mais, acessem as redes sociais da websérie: Instagram, Facebook, Twitter e YouTube.


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