CRÍTICA | Legítimo Rei

Direção: David Mackenzie
Roteiro: David Mackenzie, Bathsheba Doran e James MacInnes
Elenco: Chris Pine, Stephen Dillane, Rebecca Robin. entre outros
Origem: Reino Unido / EUA
Ano: 2018


Legítimo Rei (Outlaw King), estrelado por Chris Pine (Além da Escuridão: Star Trek) e dirigido por David Mackenzie (A Qualquer Custo), conta a história de Robert Bruce, um nobre em conflito com a coroa, que acaba se tornando um rei renegado e trava uma épica batalha em solo escocês. Produzida pela Netflix, a obra teve uma campanha de marketing eficiente, atraindo muitos olhares, algo que dificilmente aconteceria se fosse lançado em poucas salas de cinema pelo mundo.

Infelizmente, apesar da boa distribuição, o resultado não é tão bem sucedido. Ainda que a premissa interessante, o longa peca pelo excesso de clichês do gênero medieval. Além disso, Mackenzie estabelece uma linguagem diferenciada, de técnica apurada, com a utilização de planos-sequências, mas que vai perdendo fôlego a medida que o filme avança.

O roteiro, escrito a seis mãos por Bathsheba Doran (Boardwalk Empire), James MacInnes (The Rocket Post) e pelo próprio Mackenzie, pouco tem a entregar ao espectador, já que não proporciona grandes surpresas. Os personagens são unilaterais e desinteressantes, com a única exceção do protagonista, que se destaca mais pelo trabalho do talentoso e carismático Chris Pine, do que propriamente por seu desenvolvimento narrativo.


Sendo justo, as atuações em geral são o que o filme tem de melhor. Além de Pine, Aaron Taylor-Johnson (Vingadores: Era de Ultron) e Stephen Dillane (O Destino de uma Nação) também estão bem, fazendo mais do que o material escrito pode lhe entregar para o desenvolvimento de seus personagens.

No fim, Legítimo Rei é um longa-metragem que vale ser visto apenas para quem é fã do gênero e não se importa de ver mais do mesmo. Há cenas interessantes e batalhas bem coreografadas, mas a obra acaba não correspondendo as expectativas, especialmente pelos nomes envolvidos na produção. Uma obra genérica, que não traz nada de novo ao público.


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