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Postado por
Daniel Oliveira
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Antes
de qualquer coisa, devo dizer que não sou fã de musicais. Bom, talvez eu esteja
sendo radical. Na verdade, não sou muito fã de musicais 100% cantados, aqueles
que qualquer frase deve ser dita com melodia, o que torna algumas cenas
esquisitas por si só. As exceções são Cantando
na Chuva e Moulin Rouge (se bem
que minha memória, nesse momento, não consegue lembrar se as obras citadas são
inteiramente cantadas ou não). No entanto, acho extremamente importante que de
tempos em tempos o gênero musical volte aos holofotes, afinal, o seu valor é
incontestável para a 7ª arte. O último a ser premiado com o Oscar de melhor
filme foi Chicago, em 2002. Agora
chegou a vez de Os Miseráveis
disputar a cobiçada estatueta.
Les
Misérables é a
adaptação da célebre obra de Victor Hugo, que conta a história de Jean Valjean (Hugh Jackman), um homem que passou 20
anos preso/escravizado por ter roubado um pão para dar de comer a sua sobrinha.
Após receber liberdade condicional, e quebrar tal condição, o mesmo passa a ser
caçado pelo inspetor Javert (Russell
Crowe), que não sossegará até encontrar seu prisioneiro fugitivo. Nesse
meio tempo, Valjean conhece a pobre Fantine (Anne
Hathaway), a qual promete ajudar sua jovem filha. A trama se passa na
França do século XIX, durante momentos chave de sua história, culminando nas barricadas da Rua Saint-Denis .
A obra emociona em diversos aspectos, muito em função da entrega do elenco aos papéis. Quem assistiu a abertura do 81º Oscar (veja AQUI) já conhecia o talento de Hugh Jackman (Gigantes de Aço) para musicais, e o ator não decepciona, empregando uma carga dramática fortíssima ao seu Valjean. Quem também participou daquele número musical no Oscar foi Anne Hathaway (Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge), que aqui, surpreendentemente, aparece pouquíssimo em cena, mas sendo brilhante quando o faz. Seu desempenho na canção “I Dreamed a Dream” é de arrepiar, emocionante, sendo de longe o momento mais marcante da obra. E isso, de certa forma, é um problema para o filme, que em nenhuma outra cena consegue alcançar o ápice atingido pela atriz naquela canção.
A obra emociona em diversos aspectos, muito em função da entrega do elenco aos papéis. Quem assistiu a abertura do 81º Oscar (veja AQUI) já conhecia o talento de Hugh Jackman (Gigantes de Aço) para musicais, e o ator não decepciona, empregando uma carga dramática fortíssima ao seu Valjean. Quem também participou daquele número musical no Oscar foi Anne Hathaway (Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge), que aqui, surpreendentemente, aparece pouquíssimo em cena, mas sendo brilhante quando o faz. Seu desempenho na canção “I Dreamed a Dream” é de arrepiar, emocionante, sendo de longe o momento mais marcante da obra. E isso, de certa forma, é um problema para o filme, que em nenhuma outra cena consegue alcançar o ápice atingido pela atriz naquela canção.
Russell
Crowe (do vindouro Superman – O Homem de
Aço) também me surpreendeu positivamente, pois nunca imaginei o ator
participando de um musical. Seu desempenho é muito bom, e seu vilão exala poder
em tela. Curiosamente, seu Javert nunca chega a ser odiado pelo público, pois fica
claro o que motiva suas ações. O restante do elenco também esta muito bem, e
devo destacar Helena Bronham Carter (Sombras
da Noite) e Sacha Baron Cohen (A
Invenção de Hugo Cabret) que vivem um casal de trambiqueiros que ganha a
tela sempre que presentes, nos reservando ótimos momentos de humor físico.
É
uma pena que a obra acabe sendo “sabotada” por seu próprio diretor. Tom Hooper (O Discurso do Rei) irrita com sua
fixação pelos close-ups que, se por
um lado exaltam a interpretação dos atores, por outro, ignoram a belíssima
direção de arte do filme, que acaba passando quase despercebida por olhos menos
treinados. Hooper ainda falha ao não conseguir empregar o mesmo ritmo no 2º e
3º ato da obra. O mesmo acontece com a condução da trama, visto que nunca chegamos
a nos importar com os novos personagens da forma como nos importávamos com os
anteriores. Ao ponto que Cosette (Amanda
Seyfried) desperta imenso carisma quando criança, mas ganha pouco espaço
quando adulta, diminuindo sua importância para o espectador. E isso é bastante
problemático, do ponto de vista narrativo, pois a jovem é o cerne dos
acontecimentos que se desenrolam dali em diante.
Os Miseráveis está longe de ser um filme comum, mas
tampouco é uma obra-prima. Certamente ficará marcado na lembrança de quem
assistir (as cenas das barricadas são particularmente memoráveis).
Porém, diferente de Chicago, o musical
não levará a estatueta de melhor filme, contentando-se “apenas” em voltar os
holofotes para o gênero musical, que não morre, e provavelmente (espero) nunca
morrerá.
Amanda Seyfried
Anne Hathaway
Críticas
Daniel Oliveira
Eddie Redmayne
Helena Bonham Carter
Hugh Jackman
Os Miseráveis
Russell Crowe
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Comentários
#lesmiserábles
ResponderExcluirA Revolução Francesa refere-se ao conjunto de acontecimentos que ocorreram entre 1789 e 1799 com o Golpe de 18 Brumário de Napoleão Bonaparte. O filme começa em 1815, quando foi realizado o Congresso de Viena e termina em 1832, portanto o período compreendido refere-se as REVOLUÇÕES LIBERAIS.
ResponderExcluirOlá! Obrigado pela correção, irei alterar o texto. Peço que numa próxima oportunidade deixe seu nome, para que eu possa me referir a você.
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