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Cesar Augusto Mota
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Direção: Richard Eyre
Roteiro: Ian McEwan
Elenco: Emma Thompson, Stanley Tucci, Fionn Whitehead, entre outros
Origem: Reino Unido / EUA
Ano: 2017
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Até onde vai a fé de alguém? Cada um de nós possui livre arbítrio para escolher o melhor para si, independentemente de ideologias políticas ou religiosas, correto? As leis podem se sobrepor aos direitos privados e decidirem o destino das pessoas, sem o peso de suas escolhas pessoais? Essas são apenas algumas das questões propostas por Um Ato de Esperança (The Children Act) ao espectador. Trata-se do novo longa-metragem de Richard Eyre (O Amante), adaptação da obra homônima de Ian McEwan, que aqui também assina o roteiro.
Logo de início somos apresentados ao cotidiano da juíza Fiona Maye (Emma Thompson), representante da Suprema Corte Britânica, sempre envolvida em casos complexos, como a vez em que teve de decidir acerca da separação de gêmeos siameses, o que resultou na morte de uma das crianças. É possível ter a dimensão de seu trabalho e de sua responsabilidade perante à justiça e à sociedade, devendo sempre ter uma postura sólida e fria para proferir seus vereditos com responsabilidade.
Em paralelo, seu casamento com Jack (Stanley Tucci) está em ruínas, muito por conta de Fiona estar mais envolvida com o trabalho do que com sua vida amorosa. Subitamente, chega a ela um caso que pode mudar não apenas a vida dos envolvidos do processo, mas também da magistrada. O jovem Adam Henry (Fionn Whitehead), de 17 anos, é portador de leucemia e necessita de uma transfusão de sangue a ser feita de forma emergencial, mas ele e seus pais se recusam a fazê-lo por motivos religiosos, já que são Testemunhas de Jeová. A juíza então decide quebrar o protocolo e vai visitar o garoto no hospital. A partir daí, suas perspectivas sobre a vida mudam por completo.
Em paralelo, seu casamento com Jack (Stanley Tucci) está em ruínas, muito por conta de Fiona estar mais envolvida com o trabalho do que com sua vida amorosa. Subitamente, chega a ela um caso que pode mudar não apenas a vida dos envolvidos do processo, mas também da magistrada. O jovem Adam Henry (Fionn Whitehead), de 17 anos, é portador de leucemia e necessita de uma transfusão de sangue a ser feita de forma emergencial, mas ele e seus pais se recusam a fazê-lo por motivos religiosos, já que são Testemunhas de Jeová. A juíza então decide quebrar o protocolo e vai visitar o garoto no hospital. A partir daí, suas perspectivas sobre a vida mudam por completo.
Foto: A2 Filmes |
As dualidades "público X privado" e "religião X ciência" são muito bem exploradas pelo roteiro, embora este não seja o principal objetivo da história. São pontos essenciais a serem discutidos para ampliar o senso crítico do público em relação a temas que sempre geram polêmica, especialmente quando falamos de religião. Decisões, quaisquer que sejam, podem deixar marcas, e isso fica evidente na interpretação de Emma Thompson (Johnny English 3.0). O propósito não é convencer o público do que é certo ou errado, mas que palavras e atitudes pesam e podem gerar sérias consequências.
É possível sentir o peso das escolhas de Fiona e todos os dramas enfrentados, tanto pessoais como profissionais. Além disso, a enorme barreira construída por ela, muito em função de sua profissão, é difícil de ser derrubada, e é justamente Adam quem consegue fazê-lo aos poucos.
O ponto baixo do roteiro fica para a subtrama criada após o veredito da juíza, já que o conflito na reta final da obra não é bom o bastante para resgatar a construção feita anteriormente, o que acaba decepcionando o espectador com uma solução previsível.
O ponto baixo do roteiro fica para a subtrama criada após o veredito da juíza, já que o conflito na reta final da obra não é bom o bastante para resgatar a construção feita anteriormente, o que acaba decepcionando o espectador com uma solução previsível.
As boas atuações de Emma Thompson e do jovem Fionn Whitehead (Dunkirk) são o destaque da obra. A vencedora do Oscar, com sua personagem de olhar comovente e atitudes firmes, cativa e provoca o público. Whitehead, por sua vez, demonstra grande transformação durante a história, graças às suas intervenções emotivas e pensamentos sobre o cotidiano. Já Stanley Tucci (Capitão América: O Primeiro Vingador) aqui pouco aparece para se tornar relevante.
No fim, Um Ato de Esperança apresenta uma premissa intrigante, mas que acaba frustrando em seu resultado final. Ainda assim, consegue mostra a quem assiste que é possível ter tolerância e empatia com o próximo, sabendo lidar com as diferenças de cada um.
Bom |
A24
Cesar Augusto Mota
Cinema Britânico
Críticas
Emma Thompson
Fionn Whitehead
Richard Eyre
Stanley Tucci
The Children Act
Um Ato de Esperança
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