6 Westerns Recentes Indispensáveis

O western sempre foi um gênero influente na cultura pop norte-americana e mundial, algo semelhante ao que vejo hoje no subgênero dos super-heróis. Historicamente durou apenas 10 anos, mas o velho oeste viveu muito mais nas telas de cinema e na televisão, baseando-se em grandes aventuras, duelos épicos e muitos tiros. Porém, com o passar do tempo, o "faroeste" foi entrando no ostracismo, já que nos dias atuais, poucas produções abordam o tema com qualidade.

Dito isso, abaixo listarei 6 grandes produções que são indispensáveis aos fãs do gênero. Caso você tenha deixado passar alguma delas, não perca tempo e assista!


Godless
(2017)

Foto: Netflix

Godless é uma minissérie produzida pela Netflix que estreou em 2017 e fez um sucesso interessante, ganhando alguns prêmios no último Emmy. A história se passa na cidade de La Belle, onde há alguns anos um acidente em uma mina matou a maior parte dos homens de lá. Logo no primeiro episódio somos apresentados ao personagem de Jack O’Conell (Roy Goode), um fora da lei lendário que está fugindo do seu antigo bando e acaba levando esses problemas para a pacata cidade.

A produção é digna dos padrões hollywoodianos, recriando padrões antigos e os reinventando-os para o público atual, além de contar com grande elenco, entre eles, Jeff Daniels (The Newsroom) no papel de Frank Griffin, um vilão carismático e humano, ainda que imperdoável. Uma ótima pedida para quem é fã do gênero, mas também para quem quer adentrar nesse universo.


Bravura Indômita
(True Grit, 2010)

Foto: Paramount Pictures

Dirigido pelos conceituados Irmãos Coen (Onde Os Fracos Não Têm Vez), filme é um remake de um clássico de 1969. A trama conta a história de uma garota, Mattie Ross (Hailee Steinfeld), que perde seu pai e busca vingança. Como é jovem e “indefesa” para seguir sozinha nessa missão, ela contrata Rooster Cogburn (Jeff Bridges), um homem da lei bêbado e descabeçado.

O longa é um prato cheio para os Coen escreverem diálogos e acontecimentos repletos de humor ácido, como lhes é de costume. Jeff Bridges (Coração Louco) está muito bem também e Matt Damon (Perdido em Marte), que também está no elenco, aparece bem diferente das personas que costuma interpretar. Mas quem brilha mesmo é Hailee Steinfeld (Bumblebee), que passa segurança, força e olhos de uma mulher em corpo de criança.


Hatfields & McCoys
(2012)

Foto: History Channel

Hatfields & McCoys é uma minissérie com orçamento de luxo. Relata uma história verídica do pós-guerra de secessão dos EUA, onde duas famílias se tornam grandes rivais, os Hatfields e os McCoys, e dando sequência a várias tragédias.

Trata-se de um elenco de peso formado por Kevin Costner (A Grande Jogada), Bill Paxton (Titanic), Jena Malone (Demônio de Neon), entre outros. Costner tem um dos melhores trabalhos de sua carreira, trazendo a autoridade necessária para o chefe da família Hatfield, entregando também a ternura de um pai preocupado.

A minissérie é contada em 3 capítulos com cerca de 90 minutos cada e trata-se de uma trama familiar digna de um Game of Thrones do velho oeste.


O Vale Sombrio
(Das finstere Tal, 2014)

Foto: Divulgação

O Vale Sombrio é um western austríaco lançado em 2015, e o fato do filme ser de outra nacionalidade permeia toda a obra. Trata-se da história de um desconhecido que chega a um vilarejo distante da cidade. Ele diz ser um fotógrafo norte-americano, mas aparenta esconder seu passado e o motivo real de ali estar.

É o tipo de filme que quando termina fica com você, com uma direção mais sombria do que a usual para o gênero, reviravoltas complexas e ótimas cenas de ação. Em alguns momentos ele toma seu tempo para avançar a narrativa, mas quando o faz te empolga fortemente.

É interessante notar como um gênero naturalmente norte-americano, nas mãos de outro país pode ser produzido de forma tão diferente, ainda que traga semelhanças.


Rastro de Maldade
(Bone Tomahawk, 2015)

Foto: Divulgação

Rastro de Maldade é um western que traz vigor ao gênero, mesclando características marcantes do velho oeste com cenas de horror e violência, bem como uma história que envolve canibais deve ser tratada. Hunt (Kurt Russell), um xerife veterano e sua trupe embarcam em uma jornada para resgatar uma garota da cidade das mãos de índios canibais.

Em seu filme de estreia, S. Craig Zahler (Confronto no Pavilhão 99) não tem medo de ousar, usando e abusando da violência, além de um certo tipo de humor negro e ácido. Kurt Russel (Guardiões da Galáxia Vol. 2) é sempre destaque e faz deste um filme seu, juntamente com a visceralidade dos canibais. 


Django Livre
(Django Unchained, 2012)

Foto: Sony Pictures

É claro que Quentin Tarantino (Os Oito Odiados) estaria nessa lista. Django Livre é uma homenagem ao gênero, ao mesmo temo que o reinventa. Cada tomada do cineasta faz uma sútil menção a algum western assistido por ele na adolescência, entre eles os famosos plano-detalhes nos olhos dos protagonista, recurso muito utilizado por Sergio Leone (Três Homens Em Comflito) em suas obras. A genialidade de Tarantino está justamente na inversão de valores, trazendo um negro no papel de protagonista e abordando um tema quase nunca abordado dentro do gênero: a escravidão e o racismo.

Como de costume nos filmes do diretor, o elenco está excelente. Leonardo DiCaprio (O Lobo de Wall Street) está ótimo como vilão, assim como Christoph Waltz  (Pequena Grande Vida), que ganhou um Oscar por sua interpretação. Jamie Foxx (Em Ritmo de Fuga) passa a virilidade e a determinação necessária para o herói, já Samuel L. Jackson (Dupla Explosiva) também é um destaque a ser mencionado.

Outro ponto a ser comentado é a trilha-sonora, que ajuda na imersão dessa aventura. "I Got a Name", de Jim Croce, nunca mais sairá de sua cabeça e as 3 horas de filme passam em um piscar de olhos. 

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