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Nathalia Bottino
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Falar sobre corrupção não é um trabalho fácil, principalmente no momento atual em que o país se encontra. Mas ver uma produção que consegue abordar esse tema de forma detalhista, reflexiva e crítica, nos faz acreditar no potencial do audiovisual brasileiro em retratar a realidade nacional.
O Cinéfilo em Série esteve presente na coletiva de imprensa da segunda temporada de Sob Pressão, série de TV da Rede Globo em parceria com a Conspiração Filmes, onde foi exibido o quarto episódio do novo ano.
Com direção artística de Andrucha Waddington (Eu Tu Eles) e direção do próprio Andrucha e Mini Kerti (Muitos Homens Num Só), a série conta com supervisão de texto de Jorge Furtado (Meu Tio Matou um Cara) e redação final de Lucas Paraizo (Gabriel e a Montanha), que escreve os episódios com Antonio Prata (Filhos da Patria), Marcio Alemão (Carrossel: O Filme) e André Sirangelo (3%).
O objetivo da produção, desde a sua origem, é mostrar a corrupção estrutural presente no sistema de saúde brasileiro. No entanto, o arco central voltado para esse tema agora é trazido através dos olhos de novos personagens: Renata (Fernanda Torres), que assume a direção do hospital no lugar Samuel (Stepan Nercessian), e Henrique (Humberto Carrão), que consegue um emprego como ortopedista no local.
“Fazer uma série sobre saúde é a chance de mostrar na prática como isso acontece. A tentativa de trazer os personagens da Fernanda e do Humberto é de exatamente a gente mostrar, sem vilanizar, nem demonizar, como a ambição pode levar à destruição”, conta Lucas Paraizo.
“Eu não sei se eles são assassinos em potencial, mas a corrupção deles vai dar em morte [...] Essa é uma série que está disposta a discutir e a se posicionar”, afirma Humberto Carrão.
Além de novos personagens, outra novidade dessa temporada é o casamento de Evandro (Julio Andrade) e Carolina (Marjorie Estiano), o casal de heróis que está mais unido do que nunca, mas que passam por novos obstáculos e provações, não só em seu relacionamento como em seu trabalho.
Segundo Andrucha, a produção vai manter seu formato de um caso por episódio, e vai continuar abordando diversos temas, como obesidade e transexualismo. Inclusive, algo muito mencionado na coletiva foi a importância social que a série se propõe a ter, trazendo questões, recortes sociais e debates sobre temáticas atuais e relevantes como o preconceito, a pedofilia, a violência contra a mulher, entre outros assuntos que o público consegue se identificar. Não é apenas uma série médica, é uma obra política, que a sociedade precisa ter representada na tela.
Foto: Nathalia Bottino |
“Eu acho que isso perpassa por todos os temas, mas esses mais sensíveis ao espírito como o racismo estrutural, o machismo estrutural, todas as ‘estruturalidades’ que a gente precisa desestruturar e eu acho que o Sob Pressão faz uns recortes maravilhosos porque o público se coloca no lugar dos personagens. Eu me sinto muito orgulhoso de fazer parte de um projeto que tem algo a oferecer ao público, além de entretenimento, uma profunda reflexão”, relata Bruno Garcia.
“Eu acho que o Sob Pressão tem um fenômeno que as pessoas se enxergam nessa série. É uma conexão direta. Eu tenho muito orgulho desse projeto. Eu levo ele como a minha contribuição política, social, como ser humano, ator e todo o resto”, conta Julio Andrade.
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