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Postado por
Erik Constantino
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The Umbrella Academy é uma série produzida pela Netflix baseada em uma HQ homônima escrita por Gerard Way - cantor e compositor da banda My Chemical Romance -, ilustrada pelo brasileiro Gabriel Bá (Daytripper) e publicada pela editora Dark Horse.
A trama trata de uma família formada por pessoas 7 pessoas que nasceram no mesmo dia, de mães diferentes e que não estavam grávidas até o exato momento do parto. A maioria dessas crianças desenvolveu super poderes, gerando interesse em um milionário que as adota, cria e treina para formarem uma equipe de super-heróis. O grupo, já mais velho, acaba se separando, mas encontram na morte de seu pai adotivo a razão para se reunirem novamente.
Logo de início é possível notar um tom diferente de qualquer série produzida pela DC ou pela Marvel, por exemplo. A dramaticidade é evidente, mas há certo cinismo em uma narrativa que sabe fazer o público rir e se emocionar quando necessário. Em certos momentos faz as duas coisas ao mesmo tempo, provando a qualidade de seu roteiro.
Foto: Christos Kalohoridis / Netflix |
Diferente de outras séries produzidas pela Netflix, que costumam perder o ritmo no meio da trama principal, The Umbrella Academy mantém o interesse do público, muito em função de seu número de episódios (10), adequado para o arco desenvolvido nessa primeira temporada. Além disso, os personagens são bem trabalhados individualmente, fazendo com que o coletivo funcione em tela e crie empatia com o espectador.
Dito isso, é preciso destacar as atuações. Tom Hooper (Game of Thrones), Mary J. Blige (Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississipi), John Magaro (Operação Overlord), Kate Walsh (13 Reasons Why), entre outros nomes, estão muito bem, mas o destaque vai para as atuações de Robert Sheehan (Mudo), Cameron Britton (Mindhunter) e Aindan Gallagher (Nicky, Ricky, Dicky & Dawn), especialmente o último, que interpreta um velho no corpo de um adolescente de forma muito convincente. A gigante vermelha do streaming não economizou recursos e a prova disso é trazer Ellen Page (X-Men: Dias de um Futuro Esquecido) como uma das protagonistas, no entanto, devo dizer que o trabalho da atriz me incomodou. Entendo que sua personagem precise ser apática, mas sua falta de expressividade dificultou em demasia a minha conexão com seu arco narrativo.
E para citar alguns aspectos técnicos, a trilha sonora é incrível, indo do indie rock ao eletrônico. E o mais interessante é que a música, quando entra em cena, é protagonista e dita o tom dos acontecimentos, algo evidenciado pela direção sempre dinâmica e estilizada dos episódios.
Irreverente, engraçada, violenta, dramática e com uma bela dose de ficção científica, The Umbrella Academy acaba sendo uma grata surpresa, pois gera fôlego a um gênero saturado como o de super-heróis e ainda dá a Netflix um grupo com super poderes para chamar de seu, já que sua parceria com a Marvel/Disney está para encerrar. Quem é fã de quadrinhos e cultura pop vai se esbaldar.
Ótimo |
Aidan Gallagher
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